Liberdade Virtual

Desejo de liberdade, presença constante na literatura, no cinema, nas novelas, no âmago mais profundo de cada ser... Mas qual é a liberdade almejada? Será a liberdade de expressão, a liberdade de demonstrar os sentimentos, a liberdade para trabalhar por conta própria, a liberdade para poder viver uma vida nova, a liberdade para se ter privacidade ou a liberdade da liberdade?
Em tempos de cibernética, web 3.0, etc. têm-se a impressão de que se é livre para dizer ou fazer qualquer coisa, sem se importar com as conseqüências ou pessoas. E a percepção de que não há mais privacidade nesse universo virtual existe?
Basta ficar on-line (ou off, invisível, ausente) ou em algum estado, desde que conectado, para receber e-mails, mensagens, cutucadas, scraps, twitadas, convites, streams, entre outros, muitos deles sem sequer saber qual é a origem ou identidade do remetente.

Após o primeiro minuto de conexão a necessidade de saber o que aconteceu com os outros, o que irá acontecer te acompanha, volta e meia você atualiza seu navegador para saber se tem algo novo, diferente... a sensação de proximidade, de anonimato ou não faz com que surja uma predisposição para desabafos e compartilhamento de tudo, status, estado, ações, sentimentos...
Alguns conseguem superar o vício, cansarem-se do cheiro de novidade, outros não conseguem arranjar tempo para acompanhar as atualizações, mas outros não conseguem quebrar as amarras dessa escravidão...

Como manter e ter liberdade e a privacidade então?

A postura de criar um sentimento de empatia, desenvolver o respeito pelos outros, estabelecer limites, estreitar relacionamentos, semear bons sentimentos, acreditar na verdade, na amizade, poderá ser o primeiro passo para quebrar as correntes da escravidão do viver para ver o que não é gratificante e voltar a viver para ser, sentir, servir e amar.

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