O que pensamos?

Às vezes pensamos que nossos problemas são os maiores do mundo, são mais dolorosos que os dos outros e que são insuportáveis... Mas se olharmos ao redor veremos que existem pessoas, que mesmo tendo motivos para se frustrar, chorar ou para se sentirem mais infelizes do mundo, como doentes terminais, pessoas sem membros ou com limitações variadas, que conseguem esboçar sorrisos sinceros, que conseguem sentir as cores, os sabores, os aromas da vida com fé, esperança e força de vontade.

Choramos por aquela nota baixa, mas esquecemos que poderemos estudar mais e passar da próxima vez; ou por causa de um amor não correspondido, e nem lembramos que com o tempo encontraremos a pessoa certa, se for esta pessoa tudo bem e se não for outra virá;  por ter perdido o emprego, mas as vezes nos depreciamos tanto, não enxergamos o nosso valor e nem vamos em busca de outras opções.

Nos irritamos por causa de um refrigerante derramado em nossas roupas pensando, vou ter que trocar de roupa e comprar outro refrigerante e nem passa pela nossa cabeça que outras pessoas não tem outra roupa para vestir ou dinheiro para comprar sequer um pedaço de pão; ou por causa daquela pessoa que não liga para você depois de um encontro, por que não pensar nos idosos que estão abandonados em asilos e hospitais que não são lembrados nem mesmo por seus filhos?

Brigamos com nossos pais, filhos, cônjuges, companheiros, namorados, parceiros, amigos, familiares, etc. às vezes por motivos banais, por orgulho, por birra, por pirraça, por medo, por inveja, por raiva, por impulsividade... e quando pensamos em fazer as pazes pode ser tarde demais, você poderá não ter a chance de se redimir, de pedir perdão, ou de falar o quanto ama essa pessoa...

Magoamos pessoas consciente ou inconscientemente por achar que não merecem nossa atenção, nosso carinho, nosso amor, nossa preocupação, então decidimos ignorar, tratar mal, deixar de falar, humilhar, pisar... e depois percebemos, muitas vezes quando não há mais volta, que na verdade aquelas pessoas só queriam amar e serem amadas e estarem presentes em nossas vidas, auxiliando em nosso crescimento, em nossa caminhada e contribuindo para nosso bem estar.

Então que tal pensar e ver se nosso choro, nossa irritação, nossas brigas ou nossa mágoa são motivos incontestáveis para impedir que a gente dê e receba carinho, afeto, ofereça compaixão, viva, lute, sorria e simplesmente viva o amor?